Classificaçao

#TimePJSG
1
Fluminense
76
36
29
2
Grêmio
67
36
21
3
Atlético-MG
66
36
25
4
São Paulo
62
36
20
5
Corinthians
56
36
14
6
Botafogo
54
36
11
7
Vasco
54
36
0
8
Internacional
51
36
6
9
Cruzeiro
49
36
-4
10
Santos
49
36
4
11
Flamengo
48
36
-7
12
Ponte Preta
46
36
-7
13
Náutico
45
36
-8
14
Coritiba
45
36
-9
15
Bahia
43
36
-5
16
Portuguesa
41
36
-4
17
Sport
40
36
-16
18
Palmeiras
34
36
-12
19
Figueirense
30
36
-28
20
Atlético-GO
27
36
-30

LibertadoresLibertadoresPre-LibertadoresPre-LibertadoresSul-AmericanaSul-AmericanaRebaixamentoRebaixamento

Galeria de Fotos















Escudos


Escudo atual (com as estrelas)

Escudo atual (com as estrelas)
Em 1990, foi adicionada uma estrela pela conquista do Campeonato Brasileiro. O mesmo ocorreu em 1998 e 1999. No ano 2000, com a conquista do Mundial da FIFA, foi adicionada mais uma estrela, maior e com contorno prateado. A mais recente estrela veio em 2005, com a conquista do Campeonato Brasileiro

Escudo atual (sem as estrelas)

Escudo atual
Com o passar dos anos, o escudo foi se refinando. A bandeira central ganhou movimento bem como foi redesenhada para respeitar a bandeira oficial do Estado. A bóia, em volta do círculo, foi disfarçada e amarras foram colocadas para completar o escudo.

6° Escudo - 1940 aos dias atuais

1940 aos dias atuais
Surgem a âncora e os dois remos vermelhos, que se referem aos esportes náuticos praticados no clube. Arte-final realizada pelo pintor Francisco Rebolo Gonsales, ex-jogador.

5° Escudo - 1919/1940

1919 - 1940
O distintivo já se aproxima das características atuais: um círculo negro, com a nome completo do clube e a data de fundação. No centro, a bandeira paulista sem o rigor das 13 listras.

4° Escudo - 1916/1919

1916 - 1919
O escudo ganhou o formato redondo que seguiria com o time até os dias de hoje.

3° Escudo - 1914/1916

1914 - 1916
A disposição das letras continuou a mesma, apenas mudando a moldura.

2° Escudo - 1914

1914
As letras são postas em uma moldura e é acrescentado a letra S. O C passa a valer para Club e Corinthians.

1° Escudo - 1913/1914

1913 - 1914
Desde a sua fundação até o ano de 1913, as camisas do Timão não tinham distintivo. O primeiro teve que ser feito às pressas, para a disputa da vaga na Liga Paulista. Tinha apenas as letras C e P, de Corinthians Paulista, sobrepostas. Permaneceu até 1914, nos dois jogos contra o Torino.

Historia


1910 à 1912 - Um começo difícil

6 de agosto de 1910. Porto de Southompton, Inglaterra. Embarcava para o Brasil uma delegação de futebolistas britânicos, na maioria estudantes de famosas universidades, como Oxford e Cambridge. Era o Corinthian Team.
Vinha ao Brasil a convite do Fluminense F. C., do Rio de Janeiro, para uma série de jogos. No dia 21 do mesmo mês, desembarcavam na Capital Federal. Depois dos jogos na Capital, vieram para São Paulo, para outros três jogos: A. A. Palmeiras, C. A. Paulistano e São Paulo Athletic.

O escudo do Corinthian Team
No primeiro jogo, 31 de agosto, contra o A. A. Palmeiras, um belo futebol e vitória por 2 a 0. Foi nesse dia que começou a nascer o Corinthians Paulista.
A rapaziada do bairro do Bom Retiro, que assistiram ao jogo, ficaram impressionados com a atuação do time inglês, e passaram a “sonhar” com a fundação de um clube tão bom ou melhor que aquele. Marcaram uma reunião para aquela mesma noite, após o jantar. Na hora marcada, compareceram ao local indicado (rua dos Imigrantes, hoje José Paulino) para concretizar a idéia, Antônio Pereira, Joaquim Ambrósio, Anselmo Corrêa, Carlos Silva e Rafael Perrone. Passaram então a discutir a fundação do novo clube à luz de um lampião a gás.
Como esses rapazes eram apenas cinco, resolveram marcar uma reunião para o dia seguinte, 1º de setembro de 1910, convidando para a mesma, outros rapazes do bairro.
Esses cinco representantes, dominados pelo grande entusiasmo, puseram a trabalhar. Espalharam a idéia por todo o bairro, fazendo inúmeros convites para a reunião. No dia combinado, os cinco rapazes voltaram com mais oito importantes personagens: Alexandre Magnami, Felipe Averna Valente, Miguel Sottile, João da Silva, Salvador Lopomo, João Morino, César Nunez e Miguel Bataglia (que seria o primeiro presidente).
A idéia foi estudada em todos os detalhes. Tudo acertado. O clube estava fundado.Mas, e o nome? Vários foram sugeridos entre os presentes. Entre eles o de Santos Dumont, Corinthians Brasileiro, Corinthians Bandeirantes, etc.
_“Peço um aparte”_disse então Joaquim Ambrósio, que até o momento se mantinha calado. “na minha opinião e de meus quatro companheiros que vimos o jogo de ontem, o time deve chamar-se Sport Club Corinthians Paulista, como uma homenagem ao Corinthians inglês que nos visita”_ concluiu o apartente.
O nome foi aprovado por todos. “Já que o nome foi resolvido, vamos agora escolher a cor do uniforme”_ falou um dos presentes.
Antes do fim da reunião, Miguel Bataglia profetizou: “O Corinthians será o time do povo e o povo é quem vai fazer o Corinthians”.

Miguel Bataglia, o primeiro presidente

Reprodução do jornal "O Comércio de São Paulo" noticiando a fundação do Timão.
Um agradecimento especial ao jornalista Celso Unzelte, por me disponibilizar a imagem.
O clube estava formado, o nome já havia sido escolhido. Faltava o campo. Porém, para aqueles rapazes cheios de entusiasmo, nada era difícil. Voltaram então suas visitas para um terreno situado nos fundos de um lenheiro, ali mesmo no Bom Retiro, onde hoje se encontram localizadas as ruas Ribeiro de Lima, Prates e José Paulino.
Esse terreno foi alugado. Pagariam 30 mil réis por mês! Não era pouco para um clube que acabava de ser fundado. Mas aqueles jovens cheios de vontade, saberiam como arcar com aquela responsabilidade.
Depois de comprar uma bola, que na época era caríssima, e fazer o primeiro treino, o Corinthians marcou o primeiro jogo, contra o União da Lapa, que na época era o bicho-papão da várzea paulistana. O jogo foi marcado para o dia 10 de setembro de 1910. A primeira equipe do Timão jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João de Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. O Corinthians perdeu por 1 a 0. Uma derrota com sabor de vitória. Animado com o seu primeiro jogo oficial, o Corinthians marcou um novo amistoso. No dia 14 de setembro, o clube desafiou o Estrela Polar, temível time da várzea.
Mesmo jogando contra uma forte equipe, o Corinthians não se intimidou e ganhou o jogo por 2 a 0. Luiz Fabi foi o homem que marcou o primeiro gol da história do Corinthians. O segundo gol foi marcado por Jorge Campbell.
Aos poucos, o Timão passou a ficar popular e ser um dos grandes da várzea paulistana. Assim, o clube se viu na obrigação de crescer cada vez mais. Faltava, então, se filiar na Apea (Associação Paulistana de Esportes Atléticos) ou na Liga Paulista.
Em 1912, apenas os clubes da elite faziam parte dessas associações do futebol paulista. Do lado da Apea estavam grandes como o Paulistano, A. A. Palmeiras, o Mackenzie e o Ipiranga. Já do lado da Liga Paulista faziam parte Americano, Germânico e Internacional.
O Corinthians pleiteava uma vaga junto à Liga, mas os inimigos do Timão estavam dispostos a não deixar o clube ingressar na divisão principal. Inúmeros obstáculos foram colocados a frente da gente corintiana no intuito de desanimá-la. Mas a gente alvinegra insistia com todas as suas forças. De nada adiantaram a idéia de querer acabar, de uma vez, com a persistência dos alvinegros. Idealizaram, então, uma eliminatória, certos de que o Corinthians não passaria por ela. Puseram dois grandes times adversários: Minas Gerais F. C. e São Paulo Sport Club.
E esses dois times foram indicados para enfrentar o Corinthians, numa eliminatória bem preparada para acabar de uma só vez, com as pretensões do Timão, pois ninguém, a não ser os próprios corintianos, acreditava nas possibilidades sequer de uma vitória do Corinthians. Foi tal a pressão e a guerra de nervos, que os próprios corintianos passaram a temer a histórica eliminatória.
Houve um sorteio para se ver qual seria o primeiro adversário do Timão. Quis a sorte que enfrentasse o Minas Gerais. Os inimigos do Corinthians sorriam satisfeitos e afirmavam que o Minas eliminaria o quadro dos operários, impondo-lhes uma surra inesquecível. A seguir, caberia ao Minas jogar com o São Paulo, já na festa de confraternização pela eliminação do clube corintiano.
Quando o Corinthians entrou em campo para a batalha contra o Minas Gerais, estavam com os nervos a flor da pele, cansados de ouvirem tamanha humilhação. Começou o jogo. A torcida estava em suspense. No começo, só deu Minas, mas depois, o Corinthians começou a se impor e não demorou para tomar conta do jogo. Todo o time passou a funcionar como uma máquina, fazendo surgir um gol espetacular, nos pés de Joaquim Rodrigues, que fez o povo corintiano vibrar. Aquele 1 a 0 permaneceu até o final do jogo, para desespero de todos os inimigos do time do povo. Não fosse o nervosismo dos corintianos, teriam ganho de muito mais. Mas isso é o de menos, o que interessava era a vitória. Um passo já havia dado. Faltava o outro.
anhar do São Paulo Sport Club, era uma tarefa difícil, mas não impossível. Era a grande batalha que iria decidir toda a sorte corintiana. Uma vitória seria a realização de um sonho.
Diante do ambiente que se criara em torno dessa partida, da responsabilidade que ela representava para ambos os lados, os dirigentes, os torcedores e os jogadores são-paulinos acabaram ficando com medo.
O jogo foi iniciado sob grande nervosismo das torcidas. Logo aos primeiros minutos, os corintianos passaram a demonstrar possuir mais categoria técnica e uma equipe superior.
Surgiu o gol do Corinthians! Fabi foi o seu autor. Delírio dos alvinegros! Surgiu o segundo! Novamente Fabi! Começava então a grande festa do Timão. O terceiro gol não se fez esperar. Péres foi quem marcou desta vez! Antes da partida terminar, o Corinthians fez a bola dormir no fundo da rede mais uma vez! Campanella era o herói! Logo depois, o juiz apitava o fim do jogo, para delírio da torcida corintiana presente. Os jogadores choravam nos braços da torcida. Foi assim que o Corinthians entrou na Liga Paulista de futebol.
Porém, a primeira taça da história corintiana não veio através do futebol. Em 29 de dezembro de 1912, Batista Boni, João Colina e André Lepre conquistaram a taça Unione Viaggiatori Italiani, em uma prova de pedetrianismo.

A primeira taça da história do Timão
(Foto: Arquivo Victor Hugo)



913 à 1939 - Três décadas de glórias

Depois de ingressar na Liga Paulista com suas próprias forças, o Corinthians entra em 1913 para disputar seu primeiro Campeonato Paulista.
A participação do clube não é das melhores. A campanha começou em 20 de abril, com uma derrota por 3 a 1 para o Germânia, no Parque Antárctica. Pior ainda foi o terceiro jogo, um mês depois, contra o Americano: derrota por 7 a 1.
A primeira vitória só ocorreu no dia 7 de setembro: 2 a 0 em cima do Germânia, gols de Amílcar e Joaquim. Em oitos jogos, o Timão venceu apenas um, empatou quatro e perdeu três, terminando na quarta colocação, num torneio disputado por cinco times.
Em 1914, quatro anos depois de sua fundação, o Timão ganha seu primeiro título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1914").
Neste mesmo ano, o Corinthians realizou o seu primeiro jogo internacional. No dia 15 de agosto, no Parque Antárctica, enfrentou o Torino, da Itália, que venceu o amistoso por 3 a 0.
Em 1915, por divergências políticas, o Corinthians saiu da Liga Paulista e não disputou nenhum campeonato. Como não conseguiu se filiar à Apea em tempo, o clube acabou disputando amistosos. E mostrando sua força: em 1º de maio, enfrentou o A. A. Palmeiras (não confundir com o atual Palmeiras) e venceu por 3 a 0, no antigo campo do Velódromo, na rua da Consolação. Os gols do Corinthians foram de Neco,Aparício e Américo.
As vitórias em amistosos se sucediam: 5 a 0 sobre os Wanderers, 4 a 1 sobre o Ideal Club, 2 a 0 em cima do Guarani... o prestígio do Corinthians só aumentava, mas ele não podia disputar nenhum campeonato. Por isso, o campeão de 1914 emprestou seus jogadores para outros clubes da Apea, para que eles não ficassem muito tempo parados. Neco, Casemiro, César e Bianco foram para o Mackenzie; Bororó, Aparício, Fúlvio, Péres e Amílcar saíram para o Ipiranga e Police, para o Wanderers.
Em 1916, o Corinthians volta a participar do Campeonato Paulista. E ganha novamente. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1916").
Com a unificação das ligas paulistas, o alvinegro disputou o Campeonato Paulista de 17 contra todos os grandes times: Paulistano, Palestra Itália, Santos, Internacional, Mackenzie, Ipiranga, A. A. das Palmeiras e São Bento. Era um dos favoritos, mas logo numa das primeiras rodadas foi surpreendido por um clube jovem: o Palestra Itália, que venceu por 3 a 0. Era o início de uma grande rivalidade. O Corinthians terminaria o campeonato daquele ano apenas em quarto.
Nos dois anos seguintes, o Corinthians fez boas campanhas no Paulistão, mas não conseguiu o título.
Em 1918, perdeu por um ponto para o Paulistano, num campeonato estragado pela epidemia de gripe espanhola, que interrompeu a competição por dois meses.
Em 1919, não só o Corinthians não conseguiu o título, como ficou só em terceiro lugar, atrás do Palestra. O consolo foi ter vencido o rival por 1 a 0, no Parque Antárctica.
A única coisa de boa naquele ano foi o título do primeiro Torneio Início, que era disputado em um só dia, em partidas eliminatórias que duram poucos minutos. Caso o jogo terminasse empatado, o time que tivesse mais escanteios a favor, ganhava a partida.
Nos anos de 1920 e 21 o Timão obteve campanhas boas, mas nenhum título. O único jogo que merece destaque neste período foi contra o Santos, válido pelo Campeonato Paulista. Foi a vitória por maior diferença de gols da história do Timão: 11 a 0, no dia 11 de julho de 1920.
Em 1922, o Timão conquistou um dos mais belos troféus de sua história. Corinthians x Palestra Itália disputaram o troféu Cântara Portugália, o mais rico troféu posto em disputa até então, todo de prata. Foi oferecido pelo português Ricardo Severo, em homanegem aos compatriotas Carlos Viegas Gago Coutinho e Artur Freire Sacadura Cabral, que dias antes realizaram a primeira viagem aérea entre Europa e América do Sul. O placar foi de 2 x 0 para o Timão.

O troféu Cântara Portugália
(Foto: Arquivo Victor Hugo)
Nos três anos seguintes, o Timão reinou absoluto e conquistou o seu primeiro tricampeonato paulista.
Depois do tri, entre 1925 e 27, nada de títulos.
Desses anos, o que o Timão guarda de melhor é a aquisição de um terreno no Parque São Jorge, de 45 mil m², comprado por intermédio de seu presidente, Ernesto Cassano, por 750 contos de réis, em 1926.
A inauguração do Parque São Jorge aconteceu no dia 22 de julho de 1928, em um amistoso contra o América do Rio. O jogo terminou 2 x 2. O Corinthians cedeu a Taça Valda ao time carioca, enquanto o Timão ficou com a taça de bronze Char de le Victoire.

A bela taça que simboliza a inauguração da Fazendinha
(Foto: Arquivo Victor Hugo)
Mas tudo bem. Se o Timão ficou três anos no jejum, nos próximos três repetiu o feito anterior e faturou osegundo tricampeonato paulista.
Ainda no início em 1930, um dos momentos mais emblemáticos da história do Corinthians. Campeão Pauslita, o Corinthians disputa com Vasco, campeão Carioca, a chamada Taça APEA.
O primeiro jogo, disputado na Fazendinha no dia 16 de fevereiro, vitória do Timão por 4 x 2.
No segundo jogo, dia 23, o Timão perdia para o Vasco por 2 x 0 até os 27 minutos do 2º tempo. Mas o Corinthians fez juz a sua história e virou o jogo para 3 x 2, ganhando o troféu que deu status ao Coringão de"Campeão dos Campeões", que dura até hoje e foi parar até no hino oficial do clube.

O Campeão dos Campeões
(Foto: Arquivo Victor Hugo)
Com a saída dos principais craques do tri, o Corinthians sofreu um abalo e demorou para se reerguer. Em 1931, Tuffy parou de jogar. Foram para a Itália Rato, De Maria, Del Debbio e Filó, o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo, quando venceu a Copa de 1934, com a seleção italiana.
Com o time desmantelado, o Corinthians teve dificuldades para se renovar. Foi sexto colocado em 1931, quinto em 1932, quarto em 1933 e 1934, terceiro em 1935.
A renovação do elenco foi inevitável. Com uma nova geração, o clube alvinegro voltou a se fortalecer, chegando à decisão de 1936, contra o Palestra. Perdeu, mas mostrou novos e bons nomes, como Jaú, Jango, Brandão, Lopes, Teleco.Além disso, Filó e Rato voltaram ao clube.
Com essa nova safra, o Timão conseguiu um feito, até hoje inigualável: o terceiro tricampeonato paulista.

1940 à 1954 - O Campeão dos Campeões

Em 1940, o Corinthians ficou longe do sonhado tetra campeonato paulista: ficou em quarto lugar, sete pontos atrás do campeão Palestra.
A melhor recordação daquele ano foi a participação na inauguração do Pacaembu, o maior estádio do país na época. O Corinthians venceu o Atlético-MG por 4 a 2, numa rodada dupla em que o Palestra Itália também venceu o Coritiba por 6 a 2.
Recuperando-se do mau campeonato do ano anterior, o Corinthians consegue fazer novamente uma campanha brilhante em 1941 e chega ao 12º título paulista da sua história. O quarto em cinco anos.
No ano seguinte, em 1942, o Corinthians não consegue o bicampeonato paulista, mas chega a duas importantes conquistas. A primeira delas foi a aquisição do campo do Guarani, que ficava ao lado do Parque São Jorge. Com isso, o clube aumentou o seu patrimônio, que já era grande.
A outra glória foi ter vencido o Troféu Quinela de Ouro, realizado em março. O torneio era uma espécie de Rio- São Paulo e contava com os cinco principais clubes dos dois estados: Corinthians, Palestra Itália, São Paulo, Flamengo e Fluminense. Com três vitórias e um empate, o alvinegro conseguiu o valioso título.
Com a saída de grandes craques como Teleco e Brandão, o Corinthians foi se enfraquecendo e aos poucos viu-se inferior aos seus dois maiores inimigos até então: Palestra e São Paulo.
De 1942 à 1950, o Timão fica sem conquistar o Paulistão e ainda vê o Palestra ganhar três títulos e o São Paulo cinco. O timão amargou cinco vice-campeonatos, nesse, relativamente pequeno, mas incômodo jejum de nove anos.
Em 1942 e 1943, o Corinthians fez boas campanhas nos campeonatos, chegando a vencer quinze dos vinte jogos que disputou. Mas acabava sempre perdendo na reta final. Em 1943, nem mesmo contando com os dois artilheiros do campeonato, Hércules, com 19 gols, e Milani, com 18, o Corinthians não teve como segurar o São Paulo.
Nos anos seguintes, a mesma história foi se repetindo. A torcida começou a cobrar dos diretores do clube uma renovação no elenco. Um dos poucos que escapavam das críticas da torcida era Servilio. Artilheiro do Paulistão durante três anos seguidos, 1945, 46 e 47, o atacante baiano jogou no Corinthians durante dez anos e marcou 190 gols em 350 partidas.
Em 1948, Servilio deixou o Corinthians, que terminou na modesta quarta colocação no campeonato.
Como consolo para a torcida que já estava sete anos sem comemorar um título paulista, começou a dar certo a contratação de Baltazar, ex-Jabaquara de Santos. Naquele ano, o atacante marcou 12 gols e se firmou como o principal nome do ataque alvinegro.
Tanto que, na fraca campanha de 1949, ele foi o único a se destacar, marcando 17 gols. Luizinho, de 19 anos, disputa o seu primeiro campeonato e começa a chamar a atenção da crônica esportiva.
Os anos 50 parecem ter feito o Corinthians acordar e voltar a ser um time vencedor.
Com o ataque formado por Cláudio (o Gerente) Baltazar, Luizinho e Mário, o alvinegro virou uma máquina de fazer gols e dar espetáculos.
No começo do ano, em fevereiro, o Timão conquistou o Torneio Rio- São Paulo.
Nos dois anos seguintes, o Timão também só deu alegrias à sua torcida e conquistou o bicampeonato paulista, em 51 e 52.
Além de festejar o bicampeonato paulista, a torcida corintiana teve pelo menos mais dois bons motivos para ficar feliz da vida com o time.
No início do ano, o Corinthians conquistou em definitivo a posse da Taça São Paulo, que era o troféu oferecido pela Federação Paulista de Futebol para o vencedor de um triangular entre os três primeiros colocados de cada campeonato do ano anterior.
Como já havia vencido o torneio em 1942, 43, 47 e 48, a conquista de 1952 acabou fazendo com que a Taça ficasse de vez no Parque São Jorge. Afinal, quem conseguisse ganhá-la por três vezes seguidas ou cinco alternadas, ficaria com a posse definitiva.
Em abril de 1952, o Corinthians saiu do Brasil pela primeira vez e foi excursionar na Europa para fazer uma série de amistosos. Como não poderia deixar de ser, o Timão voltou do exterior com uma campanha memorável: Em 16 partidas, o alvinegro ganhou 15 e perdeu apenas uma, justamente na estréia, contra o Besiktas, da Turquia, por 1 a 0.
Abaixo, a relação dos jogos.
Besiktas (Turquia) 1 x 0 Corinthians - 22/04/1952 - Istambul, Turquia
Fenerbahçe (Turquia) 1 x 6 Corinthians - 23/04/1952 - Istambul, Turquia
Galatasaray (Turquia) 0 x 1 Corinthians - 26/04/1952 - Istambul, Turquia
Seleção da Turquia 1 x 1 Corinthians - 27/04/1952 - Istambul, Turquia
Seleção de Ancara (Turquia) 1 x 3 Corinthians - 03/05/1952 - Ancara, Turquia
Seleção da Turquia B 1 x 2 Corinthians - 04/04/1952 - Ancara, Turquia
Seleção da Turquia 0 x 1 Corinthians - 06/05/1952 - Istambul, Turquia
Galatasaray (Turquia) 2 x 4 Corinthians - 07/05/1952 - Istambul, Turquia
AIK (Suécia) 3 x 3 Corinthians - 14/05/1952 - Estocolmo, Suécia
Djurgärden (Suécia) 2 x 3 Corinthians - 16/05/1952 - Estocolmo, Suécia
Combinado Copenhague (Dinamarca) 1 x 1 Corinthians - 18/05/1952 - Copenhague, Dinamarca
Malmoe (Suécia) 1 x 2 Corinthians - 27/05/1952 - Malmoe, Suécia
Seleção Gotemburgo (Suécia) 3 x 9 Corinthians - 29/05/1952 - Gotemburgo, Suécia
Seleção Olímpica da Finlândia 1 x 5 Corinthians - 01/06/1952 - Helsinque, Suécia (Inauguração do Estádio Olímpico).
Seleção de Gävle (Suécia) 0 x 6 Corinthians - 04/06/1952 - Gävle, Suécia
Seleção de Halmstads/Hamlia (Suécia) 1 x 10 Corinthians - 08/06/1952 - Halmstad, Suécia
O vídeo abaixo mostra um documentário feito sobre os jogos contra o AIK e o Djurgärden, da Suécia.
Graças a essa bela campanha, o clube ganhou o título de "Fita Azul do Futebol Brasileiro", dado aos times que permaneciam mais tempo invictos em jogos fora do país.
Em 1953, mais um título, o do Torneio Rio-São Paulo.
Com a condição de campeão nacional (afinal, o Rio- São Paulo dava status ao vencedor), o Corinthians é convidado a participar de um Torneio Internacional de Clubes, na Venezuela, onde é campeão e recebido com festa na volta ao Brasil.
O ano seguinte, 1954, foi um dos mais importantes da história do Timão. O time ganhou tudo o que disputou: o Rio São Paulo e o Campeonato Paulista.

1955 à 1976 - Triste jejum

Após a espetacular conquista do título de 1954, a torcida não poderia imaginar que o clube entraria na pior fase de sua história. Mas apesar disso, o Corinthians teve um retrospecto considerado bom no primeiro dos 22 anos de jejum.
Mais pelo que fez no final de 1955, já que no início dele, o Corinthians ficou na última colocação do Rio-São Paulo, que havia ganhado nos dois anos anteriores.
A fraca campanha no torneio, nove jogos, uma vitória e cinco derrotas, não teve explicação lógica e deixou os torcedores preocupados.
Porém, um torneio amistoso realizado após o Rio-São Paulo acabou trazendo a paz de volta ao alvinegro. OTorneio Internacional Charles Miller, que contava com a presença de Palmeiras, Flamengo, América do Rio, Peñarol e Benfica, foi conquistada com muito brio.
A conquista da Taça Charles Miller não foi a única de 1955. As Organizações Victor Costa (futura Rede Globo) promoveram um concurso par escolher o time mais querido do Brasil, através do voto popular. Não preciso nem dize quem ganhou esse troféu, né? Com 471.450 votos, o Timão ficou a frente do Flamengo (155.300 votos) e levou mais esse belo troféu para casa

Troféu "O Mais Querido do Brasil"
(Foto: Arquivo Victor Hugo)
No ano seguinte, a única lembrança positiva do Timão é o atacante Paulo, artilheiro do Torneio de Classificação do Paulistão, com 19 gols.
O ano de 1957 acaba dando apenas uma felicidade para o Timão. Em uma partida contra o Santos, em novembro, o clube conquista a posse definitiva da Taça dos Invictos, um troféu oferecido pelo jornal “A Gazeta Esportiva” ao time que ficasse mais tempo invicto no Paulistão.
Com a saída dos principais atacantes do time, Carbone, Cláudio e Baltazar, a equipe viu-se obrigada a passar por uma reformulação. Porém, sem dinheiro em caixa e com poucas revelações vinda dos juniores, o Corinthians acabou se enfraquecendo.
Os três goleadores encerraram a carreira e deram lugar para jovens como Índio, Zague e Roberto Bataglia.
Com exceção de Zague, que foi artilheiro do time em 1958 e 1959, os outros atacantes não conseguiam marcar os gols que os antigos ídolos faziam. Assim, o Corinthians, em 1958, ficou em terceiro, tanto no paulista, quanto no Rio-São Paulo.
Apesar de ter feito 93 gols no Campeonato Paulista, o Timão não impressionou. Afinal, a grande sensação do torneio era o Santos, de Pelé, que marcou 123 gols.
Em 1959, Vicente Matheus assume a presidência pela primeira vez e começa fazendo mudanças. A primeira delas é colocar o técnico Sílvio Pirillo no comando da equipe. Em campo, porém, o alvinegro continua na mesma. Com um elenco limitado, termina o Rio-São Paulo em penúltimo, enquanto que no Paulistão fica apenas com o quinto lugar.
Os maus resultados acabaram trazendo conflitos para o Parque São Jorge. O técnico Sílvio Pirillo se desentendeu com Luizinho e o atacante decidiu sair do clube, indo para o Juventus.
Logo depois, o treinador perdeu o cargo. Em seu lugar entrou Alfredo Ramos, e em seguida Jim Lopes. Todos, no entanto, passaram e não deixaram boas lembranças.
Em 1960, o Corinthians fez uma campanha modesta no Rio-São Paulo. Terminou na terceira colocação. A mesma do Campeonato Paulista, onde ficou atrás de Santos e Portuguesa.
No começo de 1961, o Corinthians fez um amistoso contra o Flamengo, no Parque São Jorge, para inaugurar o sistema de iluminação de seu estádio. A goleada dada por 7 a 2 impressionou e deu ânimo para que a equipe buscar o título que não conquistava havia sete anos.
Mas, passada a festa contra os cariocas, o alvinegro voltou à estaca zero.
Os reforços que chegaram do Flamengo, Espanhol, Manoelzinho, Ferreira e Beirute, não convenceram e ainda fizeram com que o Corinthians virasse motivo de risos. “Faz-me rir”, nome de uma canção de sucesso cantada por Edith Veiga, virou o apelido do time.
O folclórico Vicente Matheus, que assumiu a presidência do clube em 1959, começou fazendo de tudo para tentar tirar o Corinthians do jejum de títulos. Em uma tentativa desesperada, comprou o passe do atacante Almir Pernambuquinho, do Vasco, por cerca de 7 milhões de cruzeiros, uma fortuna na época.
Muitos dizem que o cartola tirou o dinheiro do próprio bolso para trazer o jogador. Conhecido por sua fama de indisciplinado, o craque causou ciúmes no elenco, devido ao seu alto salário.
Almir acabou não jogando bem e foi vendido no ano seguinte para o Boca Juniors, da Argentina. Justamente em sua estréia por lá, fez dois gols em cima do Corinthians, na goleada de 5 a 0 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.
Matheus, que veio da Espanha em 1914 aos 6 anos, voltou a presidir o clube mais sete vezes: 1972, 1973, 1975, 1977, 1979, 1987 e 1989.
Nesse período, conquistou dois dos mais importantes títulos do Timão: o Paulistão de 1977 e o inédito Brasileiro em 1990. Casado com Marlene Matheus, que também presidiu o clube, de 1991 à 1993, Vicente ficou marcado por suas frases, umas verdadeiras, outras, pura lenda:
_”O Sócrates é invendável e imprestável.”
_”Quem sai na chuva é para se queimar”.
O ex-presidente morreu em 1997, de câncer, aos 88 anos.
Com os constantes fracassos, os torcedores adversários cantavam o “Faz-me rir’ a cada jogo do Corinthians.
Para piorar ainda mais a situação, o time perdeu por 7 a 0 para a Portuguesa e terminou o Campeonato Paulista de 1961 na Sexta colocação.
Cansado das gozações e da má administração, o goleiro Gilmar dos Santos Neves decide sair do Corinthians. O presidente Wadih Helu, eleito no início do ano, não conseguiu segurá-lo, já que o Santos ofereceu 10 milhões de cruzeiros, uma fortuna para a época.
No ano seguinte, em 1962, o Corinthians começou mal e quase acabou numa boa. Após perder por 3 a 0 para o Palmeiras e ser eliminado do Rio-São Paulo, o Timão se reforçou com os atacantes Nei e Silva e conseguiu se sair bem no Paulistão.
Com 18 vitórias em 30 jogos, alvinegro ficou em segundo lugar, atrás apenas do tricampeão Santos.
Silva, com 29 gols, e Nei, com 17, deram um pouco de esperança para a torcida. Ainda nesse campeonato, uma partida decisiva contra o peixe, no Parque São Jorge, bateu o recorde de público no estádio (27.384 pagantes). O Santos venceu por 2 a 1.
Em 1963, o Corinthians seguia em boa fase, mas ainda bem abaixo do Santos. No Rio-São Paulo, o Timão venceu todos os jogos contra os cariocas, mas perdeu três clássicos, contra o Santos, São Paulo e Palmeiras, e viu o peixe ser campeão.
Quando o time parecia dar sinais de melhora, veio o Campeonato Paulista, e uma série de fracassos. Os maus resultados fizeram com que a diretoria trocasse três vezes o técnico durante a competição. O primeiro, Fleitas Solich, caiu e deu lugar a Rato, que chegava para treinar o Timão pela 11ª vez. Um recorde.
Com um time muito jovem, Rato não conseguiu ser melhor e também acabou sendo demitido. Silva brigou com o diretor de futebol, Elmo Franchini, e foi afastado do time.
O último técnico, Del Debbio, não teve como evitar o fracasso. Resultado: o Corinthians fez sua pior campanha em Campeonatos Paulistas, terminando na 11ª colocação. Em 30 jogos, o alvinegro perdeu 11 e ganhou somente 10.
Em 1964, com o retorno de Silva e de Luizinho, e a chegada de Flávio, o Timão volta a ter uma equipe competitiva.
Disputando o Paulistão palmo a palmo com o Santos, o clube fez a sua torcida vibrar naquele ano, que já era o décimo de fila.
O atacante Flávio, um dos melhores artilheiros da história do futebol brasileiro, acabou na segunda colocação entre os goleadores com 22 gols, atrás somente de Pelé.
E disputa entre os dois alvinegros era tão intensa que em uma partida na Vila Belmiro, os torcedores acabaram superlotando o estádio e causando um tumulto. No dia 20 de setembro, cerca de cem pessoas ficam feridas no estádio, obrigando o juiz Armando Marques a suspender a partida, que marcou o recorde de público do estádio. O jogo foi recomeçado no dia 30, só que dessa vez no Pacaembu, e terminou empatado em 1 a 1.
Para desespero dos corintianos, nas últimas rodadas o time caiu de produção. O técnico Osvaldo Brandão assume de novo. Porém, em sua reestréia como técnico, a equipe perdeu a chance de ser campeã, ao ser goleada pelo Santos, na Vila Belmiro, por 7 a 4.
Depois de brilhar nas categorias de base do clube, o meia Rivelino ganhou a chance de ser titular com Brandão. Em sua estréia, no início de 1965, o time ganha do Santa Cruz por 3 a 1, e Riva marca o seu primeiro gol como profissional. O Corinthians também venceu o Náutico, o Sport e o São Paulo e faturou um torneio amistoso na capital pernambucana.
Para fortalecer o time, o presidente Wadih Helu contratou o meia Dino Sani e o goleiro Marcial. Com esses reforços, o Timão fica em terceiro no Paulista, e Flávio termina como vice-artilheiro do campeonato, com 30 gols. Rivelino logo ganhou o apelido de “Garoto do Parque”.
Em novembro, o Corinthians foi convidado pela CBD, Confederação Brasileira de Desportos, para representar a Seleção Brasileira em um amistoso na Inglaterra. Formado por Marcial, Galhardo (Jair Marinho), Eduardo, Clóvis e Edson; Dino Sani e Rivelino; Marcos, Flávio, Nei e Geraldo (Gilson Porto), o Timão perdeu por 2 x 0 para o Arsenal, mas voltou orgulhoso com a homenagem.
Para tentar pôr fim ao jejum, o Corinthians começou o ano de 1966 fazendo uma contratação bombástica: o bicampeão mundial Garrincha, ex-Botafogo.
Porém, com 33 anos, e muito mal fisicamente, a chegada do velho Mané não entusiasmou os torcedores por muito tempo.
Em sua estréia, no Torneio Rio-São Paulo, Garrincha não jogou nada e ainda teve que assistir ao Corinthians perder para o Vasco, por 3 a 0, no Pacaembu, no dia 2 de março.
No final daquele mês, devido à Copa do Mundo, a CBD resolveu encerrar o Rio-São Paulo. Com isso, quatro clubes que estavam empatados na primeira colocação com 11 pontos foram declarados campeões. O Corinthians, que pelo critério de desempate, era o quarto colocado, atrás de Botafogo, Santos e Vasco, nem comemorou aquele que seria o título que poderia dar um fim ao jejum (ver "Títulos - Torneio Rio-São Paulo de 1966").
No Campeonato Paulista de 66, já sob o comando do técnico Zezé Moreira, Garrincha faz os seus últimos jogos pelo alvinegro. Mané disputou mais quatro jogos. O último deles no dia 23 de novembro na vitória de 1 a 0 em cima da Prudentina. No total, o atacante fez 13 jogos e marcou dois gols em um ano de Corinthians.
Quase: no dia 15 de dezembro, o Timão quase quebrou o tabu de nove anos sem vencer o Santos. A partida estava 1 a 1, quando Nair, do Corinthians, perdeu um pênalti a dois minutos do final.
Em 1967, o Corinthians contrata o técnico Lula, que dirigia o Santos havia 14 anos. No Paulistão, o time fica em terceiro lugar e o atacante Flávio, com 21 gols, terminou como principal artilheiro.
No primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão), precursor do Campeonato Brasileiro, o Corinthians faz uma boa campanha e termina na terceira colocação.
No Campeonato Paulista de 1968, o Timão entrou com todo o gás para finalmente acabar com o jejum de 13 anos sem títulos.
No dia 6 de março, o Pacaembu foi palco de uma das partidas mais emocionantes da história do clube.
Até aquela data, o Corinthians já estava 11 anos e 22 partidas sem ganhar do Santos. Um tabu que vinha desde os 3 a 3 em 1957, quando o Timão conquistou a Taça dos Invictos e jogou pela primeira vez contra o Rei Pelé. Mas dessa vez não teve pra ninguém.
Contando com os novos reforços Paulo Borges, Bulão e Eduardo, além do técnico Lula, o Corinthians entrou em campo determinado e pronto para passar pelo difícil, até então imbatível, Santos de Pelé. No primeiro tempo, o jogo terminou empatado. O grande destaque foi o zagueiro Luis Carlos, que fez uma marcação implacável no Rei.
No segundo tempo, o Corinthians começa pressionando e Rivelino chuta uma bola na trave. Logo depois, aos 13 minutos, Paulo Borges faz 1 a 0, após uma tabela com Flávio. Melhor em campo, o Timão segue firme em busca do objetivo. Aos 31 minutos, Rivelino lança Flávio, que aproveita a chance e aumenta: 2 a 0. Depois disso, o time só esperou o juiz encerrar para poder comemorar. Fim do tabu. A torcida invadiu o campo e carregou os heróis como se eles tivessem conquistado um título.
Dois meses depois dessa histórica vitória, o Corinthians teve que amargar o trauma de chegar e morrer na praia. O time outra vez realizou uma boa campanha, mas no final do Paulistão, perdeu o título para o Santos.
Em 1969, o time se reforçou com Aldo, Miranda, Suingue e Ivair e começou a brilhar no Paulistão. Mas após a morte do ponta-esquerda Eduardo, num acidente de carro que também morreu um outro jogador corintiano, Lidu, o time desanimou, perdeu a liderança e depois o título para o Santos. No segundo semestre, o Timão deslanchou e chegou ao quadrangular final do Robertão. Só que, para tristeza da torcida, especialmente a recém-criada Gaviões da Fiel, o time perdeu para o Cruzeiro na última rodada e desperdiçou a oportunidade de ser campeão.
No ano seguinte, o alvinegro contratou o lateral-direito Zé Maria e o atacante Mirandinha. Mas o péssimo rendimento no ano fez com que o clube entrasse em crise. Wadih Helu perdeu as eleições em 1971 e o time passa por dificuldades financeiras.
Dentro de campo, o Corinthians vencia o primeiro Torneio do Povo.
No ano seguinte, o presidente Miguel Martinez foi destituído, e Vicente Matheus voltou a presidir o clube. Em campo, o Timão acabou novamente em quarto lugar no Campeonato Brasileiro e no Paulistão.
Em 1973, apenas o treinador mudou: Lustrich assumiu no lugar de Duque.
Em 1974, depois de eliminar o São Paulo nas semifinais do Paulistão, o Corinthians conseguiu chegar a final do campeonato e teve a chance de acabar com o jejum que durava 20 anos. Na final contra o Palmeiras, a torcida lotou o Morumbi e já dava como certa a vitória. Porém o rival estragou a festa ao ganhar por 1 a 0, gol de Ronaldo. Desesperados, os diretores do Corinthians culparam Rivelino pela perda do título e acabaram vendendo o craque para o Fluminense.
Em 1975, o time não vai bem e chega em sexto no Brasileirão e quarto no Paulista. Enquanto isso, Rivelino era campeão carioca pelo Flu. De bom nesse ano, só a conquista da Copa São Paulo, torneio internacional disputado em São Paulo.
Após ter ficado em 11º no Paulistão, o Corinthians depositou todas as suas forças no Campeonato Brasileiro de 1976. Classificado entre os quatro primeiros, o Timão foi para o Rio de Janeiro fazer a semifinal contra o Fluminense.
No dia 5 de dezembro, mais de 70 mil torcedores corintianos foram ao Maracanã prestigiar o time. Nunca nenhuma torcida havia feito isso. A partida ficou lembrada como a "Invasão da Fiel Torcida". Foi o maior deslocamento de pessoas no mundo por um evento esportivo de todos os tempos. Em campo, o Corinthians teve que se desdobrar para superar, nos pênaltis, o forte Fluminense de Rivelino, depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Mas conseguiu: 4 a 1 nos pênaltis! A euforia tomou conta dos corintianos. Ver também: "Jogos históricos - Corinthians x Fluminense - A invasão Corintiana (1976)".
A festa só não foi maior porque o time perdeu a final para o Inter uma semana depois, ao perder por 1 a 0. Ainda não fora daquela vez.

1977 à 1989 - O fim do jejum e a Democracia Corintiana

Depois da invasão do Maracanã e de fazer a final do Campeonato Brasileiro com o Internacional, o Corinthians entra embalado em 1977 e disposto a acabar com o jejum de 23 anos.
No começo do ano, a equipe do Parque São Jorge faz sua primeira participação em Taças Libertadores da América. Com a condição de segundo melhor time do país, o alvinegro classificou-se para um grupo com Internacional, de Porto Alegre e os equatorianos Nacional e Deportivo Cuenca.
Logo na estréia da competição, o Corinthians vem com mudanças na equipe. O técnico, chamado de burro pela torcida depois da derrota por 3 a 0, para o Guarani, no Pacaembu, é demitido.
Em seu lugar, entra, pela terceira vez, Osvaldo Brandão, o mesmo que deu o último título ao Corinthians em 1954. Na sua estréia, dia 4 de abril, 80 mil pessoas foram ao Morumbi ver o empate em 1 a 1 contra o Inter.
Os jogos seguintes, na Libertadores, porém, não foram tão bons para o técnico. No equador, derrotas por 2 a 1. Em Porto Alegre, outro fracasso: 1 a 0 Internacional.
Com isso, o time apenas cumpriu tabela na competição, após vencer os dois jogos restantes no Pacaembu.
Eliminado logo de cara em sua primeira competição internacional oficial, o Corinthians passou a disputar toda a sua energia no Paulistão.
O resultado todo mundo sabe: o Timão faturou o Paulistão e quebrou o incômodo jejum de 23 anos. (ver"Títulos - Campeão Paulista de 1977").
Encerrada a festa do título, o Corinthians segue em busca de um novo objetivo: vencer um campeonato nacional.
Após chegar perto em 1976, o time, com o status de campeão paulista, entra no Brasileirão de 1977 atrás dessa meta. Nas duas primeiras fases, o timão se dá bem e passa sem dificuldades. Mas, quando chega a terceira fase, pega um grupo forte, com Flamengo, Vasco, Santos e Londrina e é eliminado
Em 1978, a paz estava de volta ao Parque São Jorge. O Corinthians parte agora para o crescimento. Apesar de não trazer o bicampeonato estadual, o time fecha o ano com uma grande recordação: a contratação do meia Sócrates, revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto.
O doutor estréia pelo Timão no dia 20 de agosto, num jogo contra o Santos que levou mais de 100 mil pessoas ao Morumbi e terminou 1 a 1. Mas é no ano seguinte que Sócrates dá a primeira alegria para a torcida alvinegra.
Depois que clube desistiu de participar do desorganizado Campeonato Brasileiro, a conquista do título paulista passou a ser uma obrigação. Com um time cheio de estrelas, como Zé Maria, Amaral, Wladimir, Sócrates e Palhinha, o Corinthians era um dos favoritos naquele campeonato. Mesmo assim, teve que batalhar, e muito, para chegar até a final, onde novamente enfrentou a Ponte e venceu de novo. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1979").
Nos anos seguintes, o alvinegro realizou campanhas apenas regulares no Paulistão, sendo 4º colocado em 1980 e apenas 8º em 1981. No Brasileirão, chegou a ir bem em 80, quando ficou em 5º, porém, despencou em 81 com a 26ª colocação, a pior em toda a história do clube.
Com a entrada do novo presidente, Waldemar Pires, no lugar de Vicente Matheus, o Corinthians muda completamente sua estrutura.
O diretor, Adílson Monteiro Alves, apóia o grupo de jogadores, liderado por Sócrates, e inicia o projeto da Democracia Corintiana.
A idéia visava unir o elenco e fazer com que ele tivesse o direito de livre expressão. Apesar das pressões internas e externas (o país vivia os estertores da ditadura militar), a iniciativa obteve êxito.
Primeiro, quando o time conseguiu sair da Taça de Prata do Campeonato Brasileiro e chegou à quarta de final na Taça de Ouro, no mesmo ano.
Mas a maior conquista da Democracia Corintiana foi a conquista do bicampeonato paulista, derrotando o São Paulo, na final, dois anos seguidos. (ver "Títulos - Bicampeão Paulista 1982/83").
Em 1984, Sócrates foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por 1,5 milhões. A venda marca o fim de uma era no clube.
Com dinheiro em caixa, o Timão monta uma verdadeira seleção. Chegam ao Parque São Jorge o atacante João Paulo, ex-Santos, o meia Arthurzinho, o lateral-direito Edson, o goleiro Carlos, o volante Dunga e o atacante Lima.
No Brasileirão, o time se classifica heróicamente para a semifinal, vencendo o Flamengo por 4 x 1, após perder o primeiro jogo por 2 x 0.
Na semifinal, o Timão cai diante do Fluminense, que seria o campeão daquele ano.
No Paulistão, faz uma boa campanha, mas perde e chance de ser tri ao perder a final para o Santos por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa.
Com o fim da Democracia, o Corinthians volta a ser uma equipe normal, porém, desunida.
O presidente Waldemar Pires, antes de perder as eleições, traz o atacante Serginho, carrasco na final do Paulistão de 1984, e o zagueiro Hugo De León, por US$ 1,7 milhões. Uma quantia recorde na época para o futebol brasileiro.
O ex-beque do Grêmio, no entanto, não corresponde, e o clube passa por um momento difícil. O novo presidente, Roberto Pasqua, vê o Timão ser eliminado cedo no Campeonato Brasileiro e não ficar entre os quatro primeiros no Paulistão.
Em 1986, Pasqua, muito criticado, resolve dar uma cara nova à equipe, contratando jovens, como Wilson Mano, Edvaldo, Cacau e Cristóvão. Além deles, chega também o experiente Valdir Peres para disputar uma posição com o goleiro Carlos, titular da Seleção Brasileira na Copa do México, em 1986.
Pouco entrosado, o Timão perde para o Palmeiras nas semifinais do Paulistão e cai diante do América, do Rio de Janeiro, nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro.
O atacante Casagrande, cansado das críticas, resolve deixar o país e parte para a Europa, onde vai defender o Porto, de Portugal.
O ano de 1987 começa com o retorno do presidente Vicente Matheus, que havia dirigido o clube pela última vez em 1981. Assim que entrou. O dirigente fez uma contratação de peso: o meia Jorginho, ex-jogador do Palmeiras. Porém, para desespero da torcida, ele era o único reforço para aquela temporada.
Começou, então, o Campeonato Paulista e a equipe fez uma de suas piores campanhas em todos os tempos. No primeiro turno, em 19 partidas, o time venceu apenas quatro, empatou seis e perdeu nove, ficando assim na penúltima colocação, com 14 pontos ganhos.
Nesse período, três técnicos passaram pelo Timão: Jorge Vieira, Basílio e Formiga.
Na última rodada do trágico primeiro turno, o Timão enfrentou a Ponte Preta, no Pacaembu. Curiosamente, após um gato preto ter cruzado o gramado do estádio, o Corinthians melhorou, venceu a partida por 3 a 0 e partiu para uma incrível virada.
Após essa partida contra a macaca, o Corinthians engrenou e arrancou no campeonato. Contando com o mesmo elenco e jogando contra as mesma equipes, o Timão chegou à liderança, venceu 13 jogos, empatou cinco e perdeu apenas um, para o São Bento, quando já estava classificado para as semifinais.
Ali, jogou contra o Santos e aplicou uma goleada de 5 a 1, com quatro gols do atacante Edmar, artilheiro da competição com 19 gols.
Na final contra o São Paulo, então campeão brasileiro, o Corinthians acabou parando. Mas o mais importante para a Fiel foi que o clube soube reagir e sair da lama. Na decisão, mesmo perdendo o título, a torcida saiu cantando.
Quando tudo parecia ter voltado ao normal, chegou a Copa União e, com ela, mais um vexame. O time terminou na última colocação entre os 16 participantes e conseguiu apenas duas vitórias em toda a competição.
Mas em 1988, o time voltaria a seu time vencedor, conquistando o Paulistão (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1988").
No ano seguinte, Vicente Matheus assume novamente.
Apesar de reforçado, o time treinado pelo ex-jogador Palhinha não correspondeu às expectativas no Paulistão. Para tentar solucionar o problema, Matheus trouxe o experiente técnico Ênio Andrade. Com ele, o Timão reagiu e chegou até as semifinais do Paulistão, mas perdeu para o São José e caiu fora das finais.
Descontente com o rendimento de Neto, a diretoria do Palmeiras propôs ao Corinthians uma troca: dar o passe do meia, mais o lateral Denys, pelos dos alvinegros Ribamar e Edson, lateral-direito. Sem pensar duas vezes, o Timão realiza o negócio.
Denys, como já se esperava, não fez nada de bom. Neto, porém, compensou a transação sozinho.
Na Copa do Brasil, fez uma partida fantástica contra o Flamengo, no Pacaembu. O Corinthians havia perdido o primeiro jogo por 2 a 0, no Maracanã, e precisava de uma vitória por dois ou mais gols de diferença em São Paulo.
Liderado pelo meia, autor de dois gols, o Timão chegou a fazer 4 a 1, mas tomou o castigo a dois minutos do final.
A derrota, porém, não desanimou a equipe. No Campeonato Brasileiro, o alvinegro fez uma boa campanha e chegou em 6º lugar.


1990 à 2005 - Anos dourados

No ano de 1990, o Corinthians ficou 34 partidas sem perder no Paulistão, mas deixou escapar a chance de fazer a final ao ser eliminado pelo Bragantino.
Com o mesmo time, o Corinthians foi para o Brasileirão com remotas chances de fazer um bom papel. E a estréia comprovou isso: derrotas para o Grêmio, 3 a 0, e Cruzeiro, 1 a 0, em casa.
Vicente Matheus novamente trocou a comissão técnica. Zé Maria saiu e deu lugar a Nelsinho Batista, vice-campeão paulista pelo Novorizontino naquele ano.
Pronto. O time ganhou nova cara e, com raça, chegou ao título brasileiro de 1990, o primeiro do clube.
Campeão Brasileiro, o Corinthians partia para uma missão maior: conquista a América e, talvez, o mundo. No primeiro semestre de 1991, o Timão manteve a equipe em três competições simultaneamente: o Brasileirão, a Copa do Brasil, e, a mais importante, a Libertadores da América.
No começo, o alvinegro obtém alguns bons resultados. Porém, com o acúmulo de jogos decisivos, o Corinthians acabou se dando mal. Primeiro na Copa do Brasil. Depois de eliminar o ABC e Cruzeiro, o time pára no Grêmio, nas quartas-de-final.
Depois, é a vez de cair na Libertadores. Após passar pela primeira fase, num grupo formado por Flamengo e os uruguaios Nacional e Bella Vista, o Corinthians é eliminado pelo Boca Juniors, da Argentina. Por fim, no Brasileirão, a equipe termina no quinto lugar na primeira fase, fica fora das finais e perde a chance do bicampeonato nacional. Com a eliminação, Nelsinho cai e Cilinho assume.
No Paulistão, o time realiza uma boa campanha, mas perde afinal para o São Paulo.
Em 1992, depois de montar um time caro, com Edu Manga, Nílson, Nelsinho e Henrique, o Corinthians só decepcionou e não terminou nem entre os quatro primeiros no paulista.
Já no ano seguinte, em 1993, o time consegue armar uma boa equipe, novamente com o técnico Nelsinho, mas perde duas finais para o rival Palmeiras, no Paulistão e no Rio-São Paulo.
Para o Brasileirão, o Corinthians se reforça com Rivaldo, Válber e Leto, do Mogi-Mirim. Ficaram conhecido como o “Carrossel Caipira”. Sob o comando de Mário Sérgio, faz uma ótima campanha. Mas por uma derrota, para o Vitória, deixa de fazer a final contra o Palmeiras.
Em 1994, com Carlos Alberto Silva como técnico, é apenas o terceiro no Paulistão e ainda perde o meia Rivaldo, que vai para o Palmeiras. No Brasileirão, reforçado com Marcelinho, Casagrande, Branco, Souza e Célio Silva, o Timão chega à final, mas perde outra vez para o Palmeiras.
De bom mesmo em 94, apenas a conquista da Copa Bandeirantes. Título que garantiu ao Timão uma vaga na Copa do Brasil do ano seguinte.
Mas 1995 foi diferente. Com o time mais entrosado, o Timão ganha dois títulos: A Copa do Brasil, vencendo o Grêmio na final, em pleno Olímpico, e o Campeonato Paulista, se vingando do Palmeiras na final.
Em 1996, o Corinthians contrata o atacante Edmundo, do Flamengo, para tentar conquistar a Taça Libertadores.
No começo, o Animal chegou até a fazer boas apresentações com a camisa do clube, como na vitória por 5 a 0 no São Paulo, pelo Paulistão. Além dele, o time contava apenas com o talento de Marcelinho, que fez um dos gols mais bonitos de sua carreira, na Vila Belmiro. O meia recebeu de Tupãzinho, deu um chapéu de letra num zagueiro e completou de primeira, no alto do gol do santista Edinho. Esse gol mereceu uma placa do rei Pelé.
O começo do ano foi péssimo. No Campeonato Paulista, apenas a quarta colocação. Na Copa do Brasil, eliminado pelo Cruzeiro. Na Libertadores, é eliminado pelo Grêmio, que foi o campeão. Edmundo briga com a diretoria e vai para o Vasco. Para completar, o time de Valdyr Espinosa termina na modesta 12ª colocação no Brasileirão.
De bom em 96, só a conquista do Troféu Ramón de Carranza, na Espanha.

O Troféu Ramón de Carranza
(Foto: Arquivo Victor Hugo)
Com a entrada do novo patrocinador, (Banco Excel), no começo de 1997, o Timão consegue formar uma equipe milionária. Chegam para reforçar o time craques como Túlio, Antônio Carlos, Donizete e André. No Paulistão, a equipe, treinado por Nelsinho Batista, não encontrou adversários e chega fácil ao título (ver"Títulos - Campeão Paulista de 1997").
Para o Campeonato Brasileiro, Túlio e Marcelinho saem da equipe, mas chegam Rincón e Edílson. Apesar disto, o time vai mal das pernas e acaba sendo até ameaçado de rebaixamento.
O técnico Nelsinho cai, assim como seu substituto, Joel Santana. Apenas nas duas últimas rodadas, com o técnico Candinho, é que o time se safa do vexame, vencendo o Flamengo por 1 a 0 e o Goiás por 2 a 0, em Goiânia.
Para apagar a má campanha do Brasileirão do ano anterior, o time entra em 1998 contratando o técnico Wanderley Luxemburgo, o volante Vampeta, o zagueiro Gamarra e recebe de volta Marcelinho, comprado do Valência pela Federação Paulista de Futebol. O goleiro Ronaldo, descontente com o atual momento, deixa o clube após dez anos. Entra Nei.
No Paulistão, depois de ficar 13 jogos invictos, o Corinthians perde a chance de ser campeão invicto ao perder a final para o São Paulo, por 3 a 1.
Antes de disputar o Campeonato Brasileiro, o Timão participou da recém inaugurada Copa Mercosul. Foi simplesmente de doer: o pior time da copa, o lanterninha, com apenas uma vitória e um empate em seis jogos na primeira fase.
Para disputar o Brasileirão, o Corinthians contou praticamente com a mesma equipe. Apenas Souza e Célio Silva deixam o time.
E foi sensacional, liderando de ponta a ponta, até a conquista do título (ver "Títulos - Campeão Brasileiro de 1998").
O ano de 1999 começou também com um novo projeto Tóquio corintiano. Mas o clube perdeu o treinador, Wanderley Luxemburgo, convidado para treinar a Seleção Brasileira, e demorou a se acertar. Assumiu o cargo o auxiliar de Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira. Em sua primeira experiência como treinador, Oswaldinho teve que enfrentar muitas críticas. Foi substituído por Evaristo de Macedo, que durou pouco tempo. Caiu e voltou Oswaldinho, que dessa vez se firmou. Sua estréia foi justamente na segunda partida entre Corinthians e Palmeiras pelas quartas-de-final da Libertadores.
O primeiro jogo, o Palmeiras venceu por 2 a 0. Para continuar vivo, o Corinthians tinha que ganhar pela mesma diferença de gols para levar a decisão para os pênaltis. E foi o que aconteceu, com o placar de 2 a 0 para o Corinthians. Nos pênaltis, Dinei e Vampeta erram suas cobranças e perdem a classificação para o Palmeiras. E o inédito título novamente não veio.
Bastava agora o Paulista, já que também tinha sido eliminado na Copa do Brasil pelo Juventude, que viria a ser o campeão.
E a conquista veio, em uma final contra o Palmeiras (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1999").
O Corinthians entra no segundo semestre para disputar dois campeonatos: a segunda edição da Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro.
Na Copa Mercosul, só consegue a classificação para as quartas-de-final através de um sorteio contra o Boca Juniors (ambos empataram em tudo na primeira fase). Nas quartas, pega o San Lorenzo, da Argentina. O Timão perde os dois jogos e se despede da competição.
No Brasileirão, vai com força total para tentar o tricampeonato. Foi o time que mais fez contratações: foram contratados o goleiro Dida, os zagueiros Nenê e João Carlos, o lateral César Prates, o volante Marcos Senna, o meia Luiz Mário e o artilheiro Luizão.
Com um time desses, o título veio fácil (com umas doses de sofrimento, é claro), chegando ao tricampeonato (ver "Títulos - Campeão Brasileiro de 1999").
Foi o primeira vez que o Timão conquistou o Paulistão e o Brasileirão no mesmo ano.
O Corinthians entrou no ano 2000 com um único objetivo: conquistar o primeiro Mundial Interclubes da FIFA. Com sede no Brasil, foi realizado com os campeões de todos os continentes.
E o Corinthians conquista o mundo, de maneira sofrida, e se torna o primeiro (e até o final de 2005, único) campeão mundial reconhecido pela entidade máxima do futebol (ver "Títulos - Campeão Mundial da FIFA - 2000").
Depois dessa grande conquista, o Corinthians termina mal o 1º semestre. Na Copa do Brasil, escala os reservas em função da Libertadores e é eliminado pelo Botafogo-RJ. No Paulistão, é eliminado pelo São Paulo na semifinal.
Mas a grande tragédia foi a desclassificação na Libertadores, na semifinal. Como no ano anterior, o Palmeiras eliminou o Timão novamente nos pênaltis. O primeiro jogo foi um dos mais emocionantes jogos entre os dois times. Placar final: 4 a 3 para o Corinthians. No segundo jogo, o Corinthians começa perdendo, vira o jogo, mas permite uma nova virada, agora do Palmeiras: 3 a 2. Nos pênaltis, deu Palmeiras: 5 a 4. Marcelinho, o 6º maior artilheiro da história do clube com mais 177 gols, foi o responsável pela cobrança desperdiçada pelo Corinthians. O sonho de conquistar a América estava acabado, pelo menos naquele ano...
No segundo semestre, o timão foi muito mal e não conseguiu um bom desempenho na Copa Mercosul (o que não é nenhuma novidade). No Campeonato Brasileiro, que se chamou Copa João Havelange devido as “novidades” que os homens que comandam o futebol adoram inventar, o Corinthians também não teve um desempenho e teve que tomar cuidado para não ser rebaixado.
Disputando estes dois campeonatos, o Corinthians bateu um recorde. Pena que negativo. O time conseguiu a proeza de ficar 13 jogos seguidos sem ganhar. Foram 3 empates e 10 derrotas. Nestas 10 derrotas seguidas, o timão perdeu para o Atlético-PR, Portuguesa, Bahia, Guarani, Olímpia do Paraguai, Fluminense, Sport, Internacional, Cruzeiro e Juventude. Neste meio tempo, o Corinthians mudou várias vezes de técnico. Entrou Vadão, Everisto de Macedo, porém ambos caíram e entrou Darío Pererira. E com esse entra-e-sai, o Corinthians terminou o ano e não venceu...
O principal objetivo do Corinthians no começo do ano foi, no mínimo, inusitado: vencer uma partida urgentemente. O time já estava a 13 jogos sem ganhar e isto estava deixando jogadores e torcedores desesperados. O primeiro jogo do Corinthians no ano foi contra o Botafogo no Rio, no dia 17 de janeiro, num jogo válido pelo Torneio Rio - São Paulo. O resultado foi decepcionante: 3 a 3.
No Paulistão, o Corinthians estreou contra o Rio Branco de Americana, no dia 21 de janeiro. Jogando no Pacaembu, o Timão apenas empatou em 3 a 3 e perdeu nos pênaltis (as partidas terminadas empatadas no paulistão iam para os pênaltis e o time que vencesse somava mais um ponto) e não conseguiu a vitória tão desejada, aumentando para 15 os jogos sem vitória.
O próximo jogo foi contra o Flamengo, pelo Rio – São Paulo. O corintiano, no fundo de seu íntimo, sabia que aquela noite seria diferente. E foi. Num dos jogos mais emocionantes da história do “clássico das multidões”, o Corinthians venceu o Flamengo e quebrou um dos mais incômodos jejuns de sua história (ver "Jogos históricos - Corinthians x Flamengo - Torneio Rio-São Paulo de 2001").
A partir daí, o Corinthians teve altos e baixos. No torneio Rio – São Paulo não conseguiu a classificação para as semifinais. Agora, restava apenas o Paulistão.
O Corinthians começou terrível o Campeonato Paulista. Depois do empate frente ao Rio Branco, o time perdeu para a Ponte Preta e Portuguesa Santista. Só foi ganhar na quarta rodada, na estréia de Wanderley Luxemburgo no banco corintiano, substituindo Darío Pereira. E justamente contra o Palmeiras. O Timão mostrou raça e conseguiu uma bela vitória por 2 a 1. Depois disso foi só alegria, que culminou com a conquista do título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 2001").
Paralelamente ao Paulistão, o Corinthians também disputava a Copa do Brasil, onde também estava se dando bem. Na primeira fase, derrotou o Joinville por 3 a 1 fora de casa e eliminou a partida de volta, já que na 1ª e 2ª fase o time visitante que ganhar por dois de diferença, não precisa jogar o jogo de volta. Na segunda fase, O Timão enfrentou o Goiânia fora de casa e ganhou por apenas 1 a 0, resultado que nçao eliminou o jogo de volta, que foi vencido pelo Corinthians por 3 a 1. nas oitavas, o Corinthians enfrentou o Flamengo do Piauí. Com duas belas vitórias (8 a 1 e 3 a 0), o Corinthians seguiu em frente para pegar o Atlético Paranaense.
O primeiro jogo, no Pacaembu, o Corinthians não jogou um bom futebol e apenas empatou em 0 a 0. No segundo jogo, na Arena da Baixada, todos esperavam uma vitória do time paranaense. Porém, a raça corintiana falou mais alto e o Timão venceu por 1 a 0.
Na semifinal, o Corinthians enfrentou a Ponte preta e não teve trabalho. Com duas vitórias (2 a 0 e 3 a 0), o Corinthians vai a sua segunda final da Copa do Brasil, contra o mesmo Grêmio que perdeu em 1995.
O primeiro jogo, no Estádio Olímpico, o Corinthians conseguiu um bom empate em 2 a 2, apesar de estar vencendo o jogo por 2 a 0. A segunda partida, disputada no Morumbi, o Grêmio foi superior e venceu por 3 a 1. Com essa derrota, o Corinthians perdeu a melhor oportunidade de se classificar para a Taça Libertadores da América. Agora, iria ter que vencer a Copa dos Campeões, disputada no Nordeste (onde conseguiu uma vaga pelo título paulista). Porém, o Corinthians não foi bem nesta competição e foi eliminado pelo Coritiba em duas derrotas. Ainda não fora daquela vez.
Além disso, o timão perdeu o meia Marcelinho, que foi dispensado do clube depois de discussões com jogadores e o técnico Luxemburgo.
No segundo semestre, o Corinthians não foi bem no Campeonato Brasileiro e ficou na zona intermediaria de classificação. Já na Copa Mercosul, o Timão começou bem e chegou nas semifinais. Entretanto, o time foi eliminado pelo San Lorenzo, da Argentina, e não conseguiu ganhar seu primeiro título sulamericano.
Em 2002, devido a mudanças no calendário futebolístico brasileiro, o Campeonato Paulista deixou de ser a principal competição. No lugar, ficou o Torneio Rio-São Paulo, que além dos 4 grandes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) e do Rio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), contou com a participação de mais cinco equipes paulistas (Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, São Caetano e Jundiaí) e três cariocas (América, Americano e Bangu). O último paulista e carioca cairiam para O Campeonato Paulista e Campeonato Carioca, respectivamente. Antes de começar os campeonatos, Luxemburgo é demitido e no seu lugar entra o técnico tetra campeão pela Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira.
E com uma tática perfeita, onde o time tocava a bola calmamente, de pé em pé, até chegar ao gol, o Timão conquista dois campeonatos, no intervalo de três dias: o }Torneio Rio-São Paulo e a }Copa do Brasil.
Para terminar o 1° semestre, o time ainda disputaria o inédito SuperCampeonato Paulista, envolvendo o campeão paulista (Ituano e os 3 melhores paulistas na primeira fase do Rio-São Paulo (Corinthians, Palmeiras e São Paulo).
O Torneio já começava na semi-final. O adversário do Corinthians foi o Ituano. Com uma derrota (2 a 0) e uma vitória por 3 a 2, o Corinthians perdeu no saldo de gols e deu adeus a competição. Mas isso não tirou a alegria dos torcedores, que ainda comemoravam a dupla conquista, que não é sempre que acontece.
O Corinthians entra no segundo semestre para disputar duas competições: A Copa dos Campeões (torneio que dava uma vaga na Libertadores) e o Brasileirão.
Na Copa dos Campeões, o Timão cai em um grupo com Fluminense, Paysandu e Náutico. Empata com Paysandu e Náutico e perde para o Flu, dando adeus a competição.
No Brasileiro, o Corinthians fez uma boa campanha e chegou em terceiro lugar na primeira fase, atrás apenas de São Caetano e São Paulo.
Nas oitavas de final, o Timão enfrentou o Atlético Mg. Venceu as duas partidas 9com diretio a um 6 a 2 em pleno Mineirão) e seguiu em frente, para enfrentar o Fluminense na semifinal.
O primeiro jogo foi no Rio e o Timão voltou de lá com uma derrota: 1 a 0. Mas o troco seria dado no Pacaembu. Jogando um futebol que só o Corinthians sabe jogar, o time venceu por 3 a 2, depois de começar perdendo e virar para 3 a 1. Estávamos em mais uma final de Brasileiro, onde o time pegou o Santos. Com duas derrotas (2 a 0 e 3 a 2), oTimão deixa escapar o tetra...
Mas tudo bem, não temos do que reclamar desse ano que foi um dos melhores da história.
O ano de 2003 veio pra confirmar a hegemonia corintiana no estado, com a conquista do 25º título paulista, um recorde absoluto.
Mas o time deu uma grande decepção: a eliminação, novamente, da Libertadores, onde o Timão perdeu para o River Plate os dois jogos.
O Brasileirão de 2003 começou com uma mudança radical: pontos corridos. O Timão não foi muito bem e não fez uma boa campanha. O campeão foi o Cruzeiro.
O ano de 2004 não foi muito bom para o Corinthians. No Paulista, fez uma camapnha pífia. Na última rodada, para escapar do rebaixamento, o Timão tinha que ganhar da Portuguesa Santista, no Pacaembu. Se perdesse, o São Paulo teria que ganhar o jogo. E foi o que aconteceu. O Timão perdeu o jogo, mas graças a vitória do São Paulo, permaneceu na primeira divisão.
No Brasileiro, mais uma vez o time não faz uma boa campanha e vê o Santos se tornar bicampeão.
Antes de terminar o ano, o Timão assina uma parceria com um fundo de investimento ingles, a MSI. Assim que chega, o parceiro, comandado por Kia Jorabichian, faz uma contratação bombástica, que prometia antes de assinar o contrato: Carlitos Teves, ídolo argentino, artilheiro das Olímpiadas de 2004, pela Argentina, que foi a campeã.
Junto com Carlitos, chegou outras "estrelas": o zagueiro, também argentino, Sebá, Carlos Alberto (ex Fluminense), Roger, Gustavo Nery e Marcelo Mattos.
Além desses, o time contratou o jogador Mascherano, do River Plate, que, apesar de já contratado, só iria vir ao Timão no meio do ano.
No Paulistão de 2005, disputado em pontos corridos, o time sentiu o não entrosamento e chegou em segundo lugar, atrás do São Paulo.
Mas todo mundo sabia que esse time iria dar trabalho no futuro. Foi o que aconteceu no Brasileirão, onde conquistamos o Tetra Campeonato, sob a liderança da Carlitos Tevez!


2006 à 2009 - Da queda à ascensão

O Corinthians entra no ano de 2006 com mais uma oportunidade de conquistar a Taça Libertadores. A torcida estava esperançosa, afinal, tínhamos um belo time, comandado pelo argentino Carlitos Tevez. Mas o que se viu foi mais um vexame continental. Mais uma vez, o Coringão foi elminado pelo River Plate, nas Oitavas.
Mas essa não foi a única decepção do ano. No Paulistão, o Corinthians também não fez uma boa competição, chegando apenas em 6º lugar.
Para piorar, após a Copa do Mundo, Tevez, Mascherano e outros jogadores deixam a equipe.
Na sulamericaca e no Brasileirão, campanha discreta. Na competição sulamericana, chegou até as Oitavas, onde perdeu para o Lanús, da Argetina. No Brasileirão, apenas uma 9ª colocação.
2007. Nunca a Fiel imaginaria que esse seria o pior ano da história alvinegra...
No Paulistão, mais uma vez o Corinthians deixa a desejar e chega em 9º. Na Copa do Brasil, tropeço perante o Náutico, nas oitavas.
Na Sulamericana, outro vexame: Eliminação perante o Botafogo do Rio, logo na Primeira Fase.
Mas isso não é nada perto do que estava por vir...
O Corinthians inicia o Brasileirão com boas apresentações e vitórias importantes, como os 3 x 0 no Cruzeiro, em pleno Mineirão. Na 7ª rodada, o Timão era um dos líderes do campeonato.
Mas a partir daí as coisas começaram a complicar. O time começa a perder pontos importantes e começou o rondar a zona de rebaixamento. Para piorar, o time começa a ser notícia nas páginas policiais. Kia, Dualib e Cia se complicam com investigações policiais.
Em meados de setembro, Dualib entrega o cargo e assume Andres Sanches.
Porém, dentro de campo, as coisas iam de mal a pior. O Corinthians colecionava vexames dentro e fora de casa: 3x0 para o Cruzeiro, 5x2 para o Atlético MG, 1x0 para o Paraná, 2x1 para o Sport, 1x0 para o Náutico, 2x1 para o Flamengo, 2x2 perante o Atlético PR. Isso foram alguns das muitas derrotas que o Timão obteve.
A briga para não cair estava acirrada entre o Coringão e Goiás.
28 de novembro. Um dia que poderia ser um dos mais felizes da história alvinegra, pois era a oportunidade de sair de vez da ameação de rebaixamento. Corinthians x Vasco. Pacaembu. O clima não poderia ser melhor. A Fiel lota o estádio, com fogos, sinalizadores e energia. Era o dia da redenção! Penúltima rodada. Uma simples vitória deixava o Corinthians matematicamente livre da ameaça de rebaixamento. Em campo, um time esforçado, mas péssimo tecnicamente. Tentava, atacava e nada. O tempo passava, a torcida não parava de cantar, mas o gol não saía. Segundo tempo. 45 minutos para fazer um gol. E nada dele sair. Até que veio a ducha de água fria. 18 minutos. Alan Kardec faz o gol que cala o Pacaembu. A Fiel não acredita no que vê. E chora. Chora por saber que agora "só" restava vencer o Grêmio, em pleno Estádio Olímpico, no domingo, ou torcer por uma derrota do Goiás parante o Inter, no Serra Dourada. O mesmo Inter que ainda não aceitava a perda do título de 2005.
E chega o fatídico dia. 2 de dezembro. Olímpico lotado e todo o Brasil (inclusive torcedores do Internacional) torcem pela queda do Timão. Logo a 1 minuto de jogo, o Grêmio abre o placar, com gol de Jonas. Aos 28, ainda do primeiro tempo, Clodoaldo empata para o Timão.
No Serra Dourada, o Inter faz o primeiro gol, mas toma o empate logo em seguida. Porém, o lance de maior suspense ainda estava por vir. Penalti para o Goiás. Paulo Baier cobra e o goleiro do Inter defende. Mas o juiz manda voltar, alegando que o arqueiro colorado se adiantou antes da cobrança. O mesmo Paulo Baier cobra. O mesmo goleiro defende. E o mesmo juiz manda voltar. Aí não tem jeito. A Fiel não acredita. E depois falam que o Corinthians é sempre beneficiado pela arbritagem. O Goiás troca o cobrador. E ele faz. Goiás 2 x 1 Inter.
Enquanto isso no Olímpico, o Corinthians não demonstrava o menor sinal de reação. 43 minutos. A Fiel já começa a chorar. 49 minutos. O juiz apita o fim do jogo. O Corinthians é rebaixado para a Segunda Divisão do futebol brasileiro.
A Fiel chora, mas logo as lágrimas são substituídas por gritos e promessas de amor. Em meio a sentimentos de tristeza, paixão e esperança, um grito ecoa nas arquibancadas do Estádio Olímpico: "Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo! Eu sou Corinthians!"
E realmente nunca o abandonaram.
No dia seguinte, dia 3, após as imensas gozações e tirações de sarro dos rivais no trabalho, escola e nas ruas, o corintiano sabia: o ano não seria tão ruim assim. No dia 5 de dezembro, é apresentado o novo técnico do Timão, responsável por levar o time de volta a Série A do Brasileirão: Mano Menezes.
Junto com ele, a diretoria traz diversos jogadores, como Douglas, Chicão, Elias, André Santos, entre outros.
O Marketing do Timão inicia uma série de campanhas, que foram verdadeiros sucessos, entre elas, a camiseta "Eu nunca vou te abandonar", a 3ª camisa de jogo, na cor roxa, com o slogan "Só o corintiano é rouxo", etc.
O ano de 2008 começa com a Fiel apreensiva. Era o ano da subida. O timão TINHA que subir.
Mas antes de iniciar sua saga na segunda, o Timão disputa o Paulistão. O time até que vai bem e chega na última rodada com chances de classificação para as semifinais. Mas uma derrota por 3 x 2 frente ao Noroeste termina com as chances do Coringão do torneio estadual.
Na Copa do Brasil, o Corinthians faz uma boa campanha. Após emilimiar Barras do Piauí, Fortaleza, o Corinthians pega o Goiás nas oitavas. Com uma derrota por 3 x 1 no primeiro jogo, disputado no Serra Dourada, todo mundo já dava como certa a eliminação alvinegra. Mas aqui é Corinthians. Com um primeiro tempo arrasador no jogo de volta, o Timão faz 4 x 0 no Góías e parte para as quartas, onde enfrentaria um antigo algoz: o São caetano.
Mas dessa vez eles não tiveram chance: duas vitórias corintianas (2x1 e 3x1) e vaga na semifinal, contra o Botafogo, do Rio. Com derrota por 2x1 fora e vitória pelo mesmo placar em casa, o jogo vai para os penaltis, onde Felipe se consagra e leva o time para a final da competição.
Nessa altura do campeonato, a Série B já estava no início e o Corinthians seguia firme rumo a elite.
Voltando à Copa do Brasil, o temido Sport (que já tinha eliminado Palmeiras, Inter e Vasco) seria o adversário da final. E dessa vez não deu para o Coringão. Com uma vitória por 3 a 1 no Morumbi e uma derrota por 2 x 0 na Ilha do Retiro, o Corinthians dá adeus ao sonho do título.
Mas o Corinthians não se deixa abater e segue rumo à conquista da Série B, onde sobra na competição e bate recordes atras de recordes.
Ver "Campeonato Brasileiro Série B 2008".
Após a conquista do acesso e do título, a Fiel respira aliviada.
Mas não sabia que o ano ainda reservava uma das maiores alegrias dos últimos tempos.
9 de dezembro. O Corinthians anuncia a maior contratação do futebol brasileiro: Ronaldo Fenômeno. O assunto é manchete no mundo todo. O título da Série A do São Paulo, conquistado dias antes, é totalmente ofuscado pelo Corinthians e Ronaldo.
A apresentação do jogador, no dia 12, foi a maior da história do futebol brasileiro. Mas de 10 mil pessoas lotam a fazendinha para prestigiar o maior artilheiro da história das Copas.
Junto com o Fenômeno, o Corinthians traz outros jogadores, como Cristian, Jorge Henrique, Souza, dentre outros.
2009 começa com grande esperança por parte da torcida corintiana. O principal objetivo do ano: conquistar uma vaga na Libertadores de 2010, ano do centenário do clube.
Antes do início das competições oficiais, o Corinthians realiza uma série de amistosos. O principal deles foi contra o Estudiantes, da Argentina, no dia 17 de janeiro, no Pacaembu. Jogando um bom futebol, o Corinthians venceu por 5 x 1.
O Timão havia dado seu recado: eu voltei!
E voltou mesmo.
Com uma belíssima campanha, o Corinthians conquista o 26º título paulista de sua história, de forma invicta.
Com o status de campeão paulista, o Timão vai em busca do objetivo principal: vaga na competição sulamericana. O caminho mais fácil? Ganhar a Copa do Brasil.
E não deu outra: com um futebol de encher os olhos, o Coringão conquista o tri da Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores no ano do centenário.
Com os dois títulos nas duas competições disputadas no ano, o Corinthians disputa o Brasileirão de forma tranquila e termina apenas na 10ª colocação, apenas se preparando para 2010, o ano do Centenário!

2010 aos dias atuais - O novo Século e a conquista da América

2010. O Corinthians entra no ano do Centenário visando a conquista da Libertadores da América, único título que falta a galeria de glórias alvinegras.
Devido a isso, o Corinthians jogou alguns jogos do Paulistão com times mistos. Com uma campanha irregular, o Timão terminou a primeira fase em 5º lugar, ficando fora das semifinais do campeonato.
Apesar disso, o time fez jogos memoráveis, como a vitória por 1 x 0 diante do Palmeiras, em 31/01/2010, que terminou com o jejum de 3 anos (ou 7 jogos) sem vitória frente ao nosso maior rival.
Mas talvez o maior jogo do Paulistão 2010 para o Timão foi a vitória por 4 x 3 contra o São Paulo, no dia 28/03/2010. O Timão chegou a fazer 2 x 0 e 3 x 1 no placar, mas permitiu o empate em 3 x 3. Aos 48 minutos, Iarley, com a ajuda do zagueiro são paulino, faz o gol da vitória! Dramática, como a Fiel gosta.
Mas o que o Corinthians queria mesmo era a conquista da Libertadores. Porém, mais uma vez, ela não veio.
O grupo do Corinthians na primeira fase teve a participação, além do Timão, de Racing do Uruguai, Independiente de Medelín e Cerro Porteño.
Como sempre, o Coringão faz uma campanha perfeita na primeira fase, ganhando 5 jogos e empatando apenas 1, contra Independiente de Medelín, na Colômbia (1x1) e terminando como o time de melhor campanha entre todos os participantes da competição continental.
Quis o destino que o pior 2º colocado da primeira fase fosse o Flamengo, adversário do Corinthians nas Oitavas. No primeiro jogo, vitória do Flamengo por 1 x 0 no Maracanã, em um gramado muito prejudicado pela chuva.
No jogo de volta, o Pacaembu recebe grande público e o clima é de confiança total. O Corinthians começa com tudo e o 1º tempo termina com 2 x 0 para o Timão. Mas a alegria durou pouco. O Flamengo marca logo no início do 2º tempo com Wagner Love e enterra o sonho alvinegro de conquistar o torneio sulamericano no ano do centenário.
Ao final do jogo, a torcida aplaude o time, sabendo que não faltou vontade e raça para buscar o resultado e a classificação.
Com isso, a última esperança de título no ano em que o Coringão completa seu primeiro centenário é a conquista do Brasileirão.
A campanha do Corinthians no Campeonato Brasileiro foi irregular. O time chegou a liderar a competição e dava pinta de que iria conquistar o título, até de forma antecipada.
Antes do fim do 1º turno, a data que todo corintiano esperava chegou: 1º de setembro de 2010. O Corinthians comemora 100 anos de vida, glórias e lutas. Milhares de pessoas vão às ruas comemorar o primeiro século corintiano. No evento realizado para a comemoração, o maior presente: Andrés Sanches revela o que a torcida esperava por muitos anos: a construção do tão sonhado estádio. O local escolhido foi Itaquera, na Zona Leste.
Junto com a revelação da construção do estádio, outra bomba: o estádio é escolhido pela Comissão da Copa de 2014 como o estádio da cidade de São Paulo para a Copa e Palco do jogo de abertura do Mundial. É muita emoção para um dia só!
Passadas as devidas comemorações, o torcedor acreditava cada vez mais no título brasileiro, pois o time vinha embalado e conseguiu vitórias importantes no início do 2º turno, como contra o Fluminense, no Rio (2 x 1) e contra o Santos, na Vila (3 x 2).
Porém, no meio do 2º turno, o Timão amargou 5 jogos sem vitória, inclusive uma derrota por 4 x 3 em casa, contra o pequeno e inofensivo Atlético Goianiense, caiu na tabela e viu o sonho de conquistar o campeonato ficar mais distante.
Mais o time não desiste e consegue outros bons resultados: 1 x 0 contra o Palmeiras, 1 x 1 contra o Flamengo, no Rio e 2 x 0 contra o São Paulo.
Na noite de 13 de novembro de 2010, um jogo que poderia ter sido histórico: Corinthians x Cruzeiro, no Pacaembu. O Timão precisa desesperadamente da vitória para chegar a liderança, faltando apenas 3 jogos depois desse. O time atacava, atacava e nada. Até que aos 43 minutos do segundo tempo, o juiz marca penalti a favor do Coringão. Ronaldo cobra, marca e deixa o Corinthians na liderança, dependendo apenas de si mesmo para ser campeão. Foi o último gol da Ronaldo com a camisa do Corinthians.
Mas o Corinthians não conseguiu se segurar no topo da tabela. Empatou com o Vitória (1 x 1), ganhou do Vasco (2 x 0) e empatou na última rodada com o Goiás.
Com esses resultados, o Timão não só perdeu o título para o Fluminense, como foi ultrapassado pelo Cruzeiro. Com a 3ª colocação, o time não estava com a vaga na Libertadores de 2011 garantida. Seria preciso disputar a Pré-Libertadores, contra o fraco Tolima, da Colômbia. Tarefa mole para Ronaldo, Roberto Carlos e Cia... Mal sabiam eles o que estavam por vir...
2011 começou com mais um Projeto Libertadores. O final, todo mundo já sabe, né? O Corinthians é eliminado pelo Tolima, após empate sem gols no Pacaembu e derrota por 2 x 0 na Colômbia, no dia 2 de fevereiro.
A torcida protesta de forma violenta e faz com que Roberto Carlos troque o Timão pelo futebol russo. Dias depois, Ronaldo anuncia o fim da carreira. Enquando uns saem, outros chegam: Liedson volta ao Corinthians após quase 8 anos.
Com a eliminação precoce na competição continental, restava o Paulista para salvar o 1º semestre. O time faz uma campanha segura o suficiente para se classificar em 3º lugar, com destaque para Liedson, que marca gol atrás de gol
Nas Quartas-de-final, disputada em jogo único no Pacaembu, O Corinthians vence o Oeste por 2 x 1, gols de Liedson e Willian, e se classifica para a semifinal, onde enfrentaria o arquirival Palmeiras.
Também em jogo único, a semifinal foi dramática. O timão sai atrás do placar, mas Willian empata o jogo e leva a decisão para os penaltis. Na primeira série de cobranças, ninguém perde. Nas alternadas, deu Corinthians: 6 x 5
Na outra semifinal, o Santos vence o São Paulo por 2 x 0.
Apesar do esforço e da garra, o Corinthians não conseguiu segurar o Santos de Neymar e Ganso. Com empate em 0 x 0 no Pacaembu e derrota por 2 x 1 na Vila, o Corinthians fica com o vice campeonato. A única coisa boa é a artilharia de Liedson, ao lado de Elano, do Santos: 11 gols cada.
Com a saída de Ronaldo e Roberto Carlos, o Timão contrata Adriano, em 29 de março. Foi uma contratação arriscada e muito criticada. Em 19 de abril, durante um treinamento, Adriano, que ainda não havia estreado pelo Timão, sofreu um rompimento no Tendão de Aquiles e teve que passar por uma cirurgia que o deixou afastado por 6 meses. Sua estréia ocorreu no dia 9 de outubro contra Atlético GO, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
E por falar em Brasileirão, vamos falar um pouquinho sobre ele? Com um início arrasador e um final cardíaco (não podia faltar, né?) o Corinthians conquista o Pentacampeonato Brasileiro!
Mas essa não foi a única conquista do ano de 2011. No dia 20 de outubro, a FIFA finalmente oficializa o Estádio do Corinthians como a abertura da Copa do Mundo de 2014.
E assim terminou o ano de 2011, que começou com umas das maiores decepções da história alvinegra e terminou cheio de conquistas, dentro e fora de campo!
O ano de 2012 começou com mais um "Projeto Libertadores". Os nove anteriores não deram muito certo e só trouxeram decepções e traumas.
Em paralelo com a disputa do torneio continental, o Timão disputou o Paulistão. Terminou em primeiro na primeira fase e iria enfrentar a Ponte Preta nas quartas, em jogo único, no Pacaembu.
E em um daqueles dias que nada dá certo, o Corinthians perdeu o jogo por 3 x 2 e se despediu do Campeonato Paulista. Nos restava a Libertadores.
Que, enfim, chegou. Invicta. Em cima do temido Boca Juniors. Para calar a boca de todos e acabar de vez com todas as angústias e traumas do torcedor.